a lua inda não havia.
há de haver.
eu inda não a via.
e ia. existiria eu?
mas, a lua há. lá.
há de haver e/ou existir.
aconteceria quando anoiteceria.
não sabia qual era.
e não sabia se era.
se fora.
por fora éramos a falar
de violas, violões
& guitarras.
fazia tempo que não saberia
que responder
o que corresponder.
e se foi alvo...
o coração em a boca e não
ter mais respostas adequadas.
isto era tão inusitado
em este ano de 2011.
sorrimos ao atravessar a ponte.
um leve equilíbrio em nossos olhares.
sinais.
trânsito. transito
, digo,
por tolo o medo.
e atravessamos a primeiro de junho
sem prestar a devida atenção.
carros, faróis e faroletes.
e buzinas.
nem sei se dançamos ao compasso.
[sério, parecia um jazz de viés, de trás pra frente]
Pedro Paulo Pan, primavera de 2011
2 comentários:
"Escrever existe por si mesmo? Não. É apenas o reflexo de uma coisa que pergunta. Eu trabalho com o inesperado. Escrevo como escrevo sem saber como e por quê - é por fatalidade de voz. O meu timbre sou eu. Escrever é uma indagação. É assim : ?"
Clarice Lispector
Bonitas as imagens, imagino que os passos foram leves.
Abraço!
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