segunda-feira, 27 de agosto de 2007

{

em esta tarde não sei
ter imagens
em versos. ou estrofes
que calidamente des-
pencam em caderno
pautado.
os ipês amarelecem
ou se roxeiam
cheios de flores
imagens que nos tomam.
quando invernais tardes
brincam conosco.
e já é tão quase primaveril.
Pedro Pan, 2006

não tenho
par que
me dance a quadrilha.
dançaremos em o passado.
em pública praça.
2 crianças, que sorri
dança.
roupa forjada.
vestido de chitinha mínima.
2 marichiquinhas, sandalinha.
rosto pintadinho e batom também.
eu, calça jeans que mãe remendou.
camisa xadrez emprestada
e sapato qualquer.
bigode falso e chapéu comprado
em venda próxima (de o passado).
há um sapato qualquer em o pé
e arrasta pé.
anarriê, balancê.
Pedro Pan, 2007
helainianas
alfabetizadores tem
por o princípio
amor à lingua.
língua mãe.
fala calma. fala correcta.
se preciso for, ensina
a matemática, a aritmética.
porém, seu amor vem
de gramática.
e bê a bá por princípios.
Pedro Pan, 2007
genitores
pois zé,
quem me dirce?
pois dirce
quem me zé
Pedro Pan, 2005

Há flores ser em Souvenir letal.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

ganhar um poema
é mais
difícil.
um dilema!
quem doa, feliz faz.
quem ganha, pode até...
quem sabe, nem sei.
certa vez ganhei um poema.
era poema de se
ler com a língua.
saboreantes.
depois guardei tais aquelas
palavras em aqueles lábios.
escondi em guardados
em o sentimento.
Pedro Pan, 2007

poema prêt-à-porter
ela pôs minhas frases
em a cabeça corpo e
coração(pra não
dizer: aura e emoção)
pôs e saiu por ali
(num sei mais onde)
e ninguém consegue mais
tirar.
Pedro Pan, 2007
(travessia inda)
Quem interessar, Souvenir letal.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

remendei um poema
qual fiz assim, gripante.
fazia tons em espirros
em atchins.
era algo assim, palhaçante.
ontem a tv desliga solitária.
bem nem sei, se ela queria
ver-me ou não.
descansado em azulares.
Pedro Pan, 2007
sábado, esqueci
sabor de tuas lágrimas
Pedro Pan, 2007
voltando aos poucos...
(em a travessia)

Tem Bergman em Souvenir letal.