sábado, 29 de abril de 2006

querências de pipocar
em as tais pétalas.
minh'asas puídas.
em tardes de sol afino.
eu a descubro entre as
cartas
por baixo de a porta.
"eu te preciso",
então, acendi um cigarro
& solfegei uma fumaça
antes parti
turas

quinta-feira, 27 de abril de 2006

lírico & surreal em ralo de banheiro


qual o ralo
que por ventura menciono?
ali passa h2o.
se indo...
ah! ralo penteie teus cabelos
e foram tão multicores...

lírico & surreal em caixinha de cereal


que faminto.
o local era armário
e a cor foi azul.
cereais serão surreais?
surreais? líricos e literais.
passe o leite por obséquio...

quarta-feira, 26 de abril de 2006

[eu]não quero mais
depender de obstáculos
para o meu vôo matinal
pereço de trapaçar
tenho tendência de ser peça
de embaralhar,
"eu silko tua alcunha em
a minha pele devagarzinho"
.
quase assemelho a
dores em o pensar.

segunda-feira, 24 de abril de 2006

farfalhando noite (à fora)

a página.
"nada especial"
a página insólita carece
dar voz ao poema
vez & luz
dar o azul;
o azul ontem, brilham pontos
(pontos, vírgulas, reticências)
em os ares uma melodia
acena aos ouvidos.
histórias, ouvidos, olhos, aquarelas.
em a medida de o possível
a luz prevalece pensamento
ligeiras asas –por nossas cabeças–
quando não ouvir é
um tempo veloz. a noite prevê
o destino.
o alvo é dizer o necessário
e a hora exacta. exacta
como
esquecer não é o inevitável.

domingo, 23 de abril de 2006

entre aspas eu te olho e teu olhar não me
priva de dizer-te algo fecha aspas
dois pontos, três pontos, três de a manhã
e o sol ainda não se pôs.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

,pois, então
aquela photographia
reverberava,
fica o dito pelo não visto
palavras vão compor o silêncio
( ) dentre
os parênteses não
se ouvia nada.
mudo.
até que o estômago roncou
...

terça-feira, 18 de abril de 2006

escrever este poema
foi como amarrar 1.000 horas
e se jogar em um instante
não aquele, e sim aquele
foi explodir dentro-fora
tentar simplesmente não compreender
“desvendar novelos de lã
produzir novelos”

despertar de um adormecimento
à tarde e receber uma frase
em um átimo ótimo.
simplesmente (sinceramente)
dor-prazer-deleite
ser arco flecha alvo
e arqueiro também
ter arco flecha alvo
e arqueiro ser
dormir-acordar-viver(que hora seja)
querer o acaso (e todos os casos)
...e então fracionar amoras
doces, para uma causa.
ou sei lá.|2002|



não preste atenção:
poema empoeirado.

sábado, 15 de abril de 2006

era comum'a estrela
de contos & fados.
à noite(ser) decorar
estrelas.
de cor estrelas.
brilhar piscar em o
anoitecer.



[ deferências em o cotidiano ]

quinta-feira, 6 de abril de 2006

a poesia bateu as
minhas portas
ardendo a porta
bateu com ela em meu
rosto
a poesia bateu as minhas
asas
e voou sem dó nem piedade.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

tropeço em frases
matinais,
em vozes de café de a
manhã.
as flores ardem em o nosso
jardinar.
não possuo flores em
a frase de a brisa
(beliscar)
uvas – aves – vôos
e pressinto soltar
balões por os ares
atenção!

terça-feira, 4 de abril de 2006

recusa
código photográphico?
em a photo a música
extrai uma seqüência
p/ acontecimentos
que consideram: o (f)acto
imagem sólida capturada.

segunda-feira, 3 de abril de 2006

alguém
gru-gru-le-java
rua acima.
e se avista :3 flores,
em três janelas de uma
única cor .acho que
era isso, ou ditaram-me
tudo com fuso horário
trocado.
por verdes cercas :um perfume
estronda (as minhas narinas).

domingo, 2 de abril de 2006

não enlaço 
olhares
,porém,
queria ler-te as sombras,
a sós. a dois,
depois.
"e beija-me o firmamento
de a boca".

sábado, 1 de abril de 2006

em um mugido de a tardinha
um pássaro verbalizava
:pequenas flores
(as flores alaranjavam
o pássaro)
(como antes o jardim
aplaudia)