as palavras voam
desenhar...
estrelas durante o papel
e vira & volta, as palavras
nos consideram
[adoecem as cenas melancholicas]
(pausa p/ o chá)
o cenário é um tédio?
alguns quadros em a parede e
photos espalhadas em a intimidade
o pretexto tem sido
por exemplo:
silêncio, vamos mudar de 
assunptos?

estou deveras propenso
a colher amoras
só não sei se 
habilidades tenho.
e vôo sorrindo aos
astros & as estrelas,
uma gota brilha, brilha.

 
[te vejo em 2006]


...mais um ano que já vem,

mais um ano que se foi, esvai, 
vai, desfalece, fenece.

agradeço às pessoas de 2005:

pessoas que já conhecia de outros 
tempos, outras vidas, outras vivências,

pessoas que conheci, cri, sorri.

pessoas com as quais cai, cresci, 
sofri, morri e renasci.

pessoas que eu agredi, hoje peço 
desculpas, perdão, abraço e  estendo a mão

pessoas que me afrontaram, agradeço, 
com elas também cresci.

pessoas que me amam, me amaram, me odiaram,

às que me amam, sem condições de espaço, 
tempo, temperatura ou estações.

pessoas que amei, que amo, que aprendi a amar.

pessoas quais eu beijei,

pessoas que dormi, acordei, ouvi, 
falei, escutei.

pessoas com as quais bebi, bebo, beberei.

pessoas que partiram, sem me dar boas vindas, 
e as que não deram seu último adeus.

pessoas que me mostraram outros caminhares, 
outras perspectivas, novas vivências.

pessoas que me fazem sorrir quando devo, 
quero chorar

pessoas que me fazem chorar quando é 
preciso chorar.

pessoas que me fazem sorrir apenas.

pessoas que se foram, pessoas que vieram, 
pessoas que já estavam, pessoas que continuam,

pessoas que eu sei amo, amo, amo.

pessoas que me geraram, amo desde o 
sempre e eternamente: zezinho & dirce.

pessoas que não vi, que senti saudade, 
nostalgia, falta.

pessoas, pessoas, conheci algumas, 
com elas cantei, voei, chorei, até vomitei,

pessoas que vieram e me abraçaram 
em aquele dia, em aquela hora.

pessoas que eu li, que eu não li, 
que eu lerei.

pessoas que eu corri junto, lado a lado.

pessoas que me deram as mãos, sem eu pedir, 

pessoas que não ofereceram, mas sempre pedem,

pessoas que eu ofereci, e recusaram,

pessoas que não vi, devido a distância, 
mas eu sinto aqui.

pessoas que reencontrei, e sorrimos.

pessoas que aceitaram, aceitam, 
meus sorrisos, meus palpites.

pessoas que só um olhar já me dizem tudo.

pessoas as que eu olho e me entendem, 
me compreendem.

pessoas que dialoguei,

pessoas que eu calei, respeitei, 

pessoas que eu escrevi, recebi, hospedei.

pessoas que me deram bom dia, em dia mal, 
assim conquistando meu sorriso.

pessoas as quais sorri, e para sempre sorrirei.

pessoas, personas, personagens, personalidades.

agradeço a todos que se viram agora, ou não. 
que viveram 2005 comigo. 
dou boas vindas para 2006. 

que em algum momento nos encontraremos, 
nem que seja em pensamentos.

te vejo em 2006...
[boas fetas]

pedro paulo pan

tenho rascunhos dias vozes.
rasurados todos.
& guardados & alados.
eu vôo contar uma
historinha...

intão tá bão
a tardinha
eu precipito de
avoar

brinque teus olhares
de ver. de verde.
diversão.
são olhares ao [in]vento
olhares ao tempo
        ao temporal
por algo
ao teu dispor.

o grafite atraiu as
significâncias de
hoje. em pleno lapidar os
garranchos em o papel
gravado.

o lar é
...
não te deixo um recado
em a saída,
sabe porque?
porque é aqui que
quero habitar.

(pré)existem alguns convites.
& eu não fui/sou convidado
para lamber o ventar.
,porém,
(o vento toca meus cabelos,
e eu canto fios brancos.)
o vento lambe-lambe
meu olhar,
que às vezes canta bucólico.
(tenho pedras de pensar)
''quem sôo à teus olhares ?''
de filmar o antes o ontem
& chás ?.
inda é primaveril.
photographe por o obséquio.
guardei frases debaixo de a
cama,( com asas.).
perfumo umas frases com
tom de amoras.
& não amarro narinas.
eu possuo lamber o
ventar (solitário, pois, pois.)
otário sôo aos teus ouvidos
enquanto passo, eu canto.
photographe por o obséquio.

poeminha (quase) sangrento
[eu] bem queria
que este mísero
poema, 
     sangrasse
,então em um ímpeto 
sai a esquartejar.
ele enfim sangrou.
& é final. acabou.

bêbados em um boteco
perto de a minha casa,
dizem em um caneco:
''menino cê têm asas?''
           |2002|

pai & mãe,
adormecem em a sala
(de ser/estar/permanecer/ficar).
eu bebo vinho &
transvejo que horas são.
obrigado, therezinha pela 
gramática.
preparo um arranjo
,digo,
& arranjo um arranjo
de palavras.
''um garrancho de poema''
aos cadinhos.

pesquei o remoto controle
e ordenei
:meu coração, mude de a estação
,não surtiu efeitos.

mímicas manuscritas


passos, calçadas, 
( descalço ? )
eu não falo borrachas
apenas,
falo abobrinhas.
pressinto um tempo p/ mim
estou só pelas ruas
carros, pessoas, alguns pássaros
& formigas pequenas.
passas calçadas
um passeio com 
secas folhas molhadas
estou só. 
pressinto um momento p/ mim
p/ pegar minha cabeça
& afagar meus cabelos.
sempre acerola + laranja, sem açúcar.
                   (por favos de mel)
em a caixinha :
fósforos queimados,
queimo um cigarro.
em o observar a fumaça    (esvair)
assuntos alheios, não
me perecem.
ontem recebi a notícia.
que me fez/faz dançar, cantar.
o resto de a história,
conto em outra oportunidade.
post scriptum: fiquei devendo 0,5 centavos.
                              03/11/2005

ao lado de ontem
muitas das vezes
a poesia
me pega pelo calcanhar
aquilo sou eu
soa de forma 
infalível
e um papel e 
uma caneta 
no momento me fez
necessário
e continuei calado
(alado)
e agora 
a falta total de inspiração
ronda meus calcanhares
,digo,
meus pulsos
o dia é depois de ontem.

quero fumar
embora o ar não
areje bem para
isto
(as fumaças decoram
o ambiente).