quinta-feira, 31 de agosto de 2006

não provoco reticências...
procuro uma folha.
photographo teus nomes
em minha pele.
em auto-relevo.
auto-revelação.
(graphei um cd com as cantigas)
não sei de cores.
as poses, os closes.
havia nomes
em as minhas mãos,
alguns voam em
vendaval.

terça-feira, 29 de agosto de 2006

não consigo de extremas vivências
as quais todos consistem
desculpa!
meu caminhar é de
pedras e gravetos
e as pedras tem um agosto
agridoce.
não permito jazz mais que surrupiem
minhas cores.
de o contrário serei
objecto fúnebre.
tudo bem. tudo bem que ganhei
cores dançantes & cantantes
basta! gosto de minhas cores
com sabores tão meus.
é uma lenda?
vai por mim : não!
estou rindo sem
para
lelepípedos.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

porque então calejar
palavras
que te escalam, escolhem?
frase nasce
aos traços em branco.
orações - fatos
e não saber chegar em o fim
de a linha
não forço poema
faço poema quando
ele quer, porque quer...
ser fóssil. ser feitura
de palavras rearranjadas
(estarei em esmero)
e corre espaço necessário ou
não.
tem horas que não
calo
coisa com coisa.
coisificando minha
fala.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

frase deslum-
brava-se
ia simbora. e
até que a voz grifava
em a madrugada [excelência]
rasgar lábio
com frases em um
canto de tarde
papel sangra sílabas
que pro-feriam
passou uma dor-
zinha em coração
foge asa voa
brinca de faz de
contas.

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

em essa tarde não
sei fazer imagens
em estrofes.
que calidamente des-
pencam em caderno
pautado.
os ipês amarelecem.
ou se roxeiam, cheios
de flores.
sensações que nos tomam,
quando invernais
tardes brincam conosco.
e já é quase primaveril.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

reminiscência de chuva
ela veio, como foi.
terra úmida terra
rio que não seca.
porque chuva lhe
acalenta/alimenta
dá sustento.



 , dolores & idalécio

{

a rua era seu palco. noite frívola, onde idalécio andava pra lá e pra cá. idálecio esperava sua amada com esperança. seus loiros angelicais cabelos pendiam pela face pálida, adornando a imensidão de seus olhos verdes. naquela noite havia feito a barba, e vestiu seu terno mais novo. mesmo que cheirasse guardado e estava cheirando. sapatos bicolores e uma flor na lapela. uma gravata em cores quentes & tropicalizantes. observava sem parar o relógio de bolso de tataravô. se bem que aquele relógio não funcionava era anda bem. avistava esquerda, avistava a direita e nada. a noite se tornava mais glacial e nada de sua amada. quando observou já sentada ali em a praça em um banquinho, dolores! ela acenava com delicadeza angelical, trajando uma saia branca de filô, tendo os olhos destacados pela maquiagem, olhos grandes e amendoados. cabelos sempre lisos e vermelhos e compridos que escorregavam até a cintura. sapatilhas novas, porém, estragadas, mas era as melhores ali. em aquele momento. blusa que ainda guardava pouco paeté. meia arrastão.
-oi dolores.
-idalécio que lindo estás!
-são seus olhos minha querida.
-sabe pensei em dançar um twist o que achas?
-as flores que eu trouxe.
-amo flores meu herói. e aproximou-se dele beijando aqueles lábios tão amados por ela.
-minha pétala vamos passear um pouco? disse entregando o capacete a sua pétala.
-mas idalécio, você não respondeu. vamos dançar?
-sim pétala vamos dançar a vida, com você é tudo sublime. não sei não pensar em você.
-herói sou tua. da cabeça aos pés.
colocaram os capacetes, e subiram em a vespa e zarparam dali pra outro lugar... foram divertir a vida!
Pedro Pan

domingo, 20 de agosto de 2006

céu que se coloria de
cinza-chumbo.
com rajada um tom mais claro.
vento que carregava folhas secas
era o mesmo que balançava
nossas emoções.
chuviscante dia.
e nossa cidade se prepara
para temporal.
e que venha chuva.
enquanto roupas bandeirolavam
em varal longe à frente
chovia.

sábado, 19 de agosto de 2006

poema itinerário
faiz dia que num mando 
as notícia de jornada.
passei por arroizal, cafezal, miaral
e plantio de fejão, e alegrias.
vi jurubeba, cagueitera e mangaba.
manga rosa, manga piqui, coração de boi
e comum.
maria fecha a porta.
atravessei um corgo razin-razin.
dormi debaixo de tamarindeiro.
uma tardes dess campiei cuns vaquêro
e lavei um par de rôpa, junto cas lavadera
que cantavam rio.
peguei trem que me levou dali-pra-la, apartei lá
pertin onde vive uma família que mexe com
cantoria em fêra, em quermesse...
ganhei uma prenda, era uma brevidade.
na ida me encontrei com uma parenta, que manda
lembrança inté pra quem num conhece.
o sol levanta, a lua chega e eu num cheguei lá inda.
precisei mudar minha rota. pegar um ataio.
pensei inté ter pego foi um maloiado. ou um quebranto,
fui numa benzedera, que rezô pra mim e família, com terço,
gain de arruda e preces
a Nossa Sinhora e Nosso Sinhor dos Passo.
querdita que uma família que pedi pôso
istumaro cachorro brabo tudo da vizinhança.
nem tudo nessa vida é fácil, pensei que nunca
mais ia inscrever, nem em papel de pão, como
tô inscreveno agora. uma hora dess.
bá noite. inté. o sono chegô. e a primavera tá quais aí.
manhã cedo, vô a missa.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

cantiga de rock
tem dias que eu me
intensifico mais
em liras e partituras.
em objetos que decoram
jardinar.
em alguns olhares rasgados
de lágrimas e sentidos embolorados
em cor e ação.
sentir o ar de
a noite velar teu sonâmbulo
perambular em minhas retinas.
haja canto, haja.
se não a ver que encantos
houver, ouvir, ou ver, ou vir, ou ir
ir ir ir ,até fui. até foi
preciso umas palavras
para a cantiga
que vele teu caminhar
e não pereça a minha
presença em ele.


                                 , proseando quimeras

terça-feira, 15 de agosto de 2006

estrela brilha lar
entre asteróides
a flora adormecia
em o jardinar
,porém,
florescia
& colibris coloria íris
aliás


                            , proseando quimeras aqui!

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

línguas felinas
nem me querem...
nem me aderem...
nem me sugerem...
um outro de manhã
amanhã.

domingo, 13 de agosto de 2006

e eu que nem tenho
guarda - pó pra poema
feliz dia dos pais 
a quem é pai e a quem não é.
eu amo minha mãe e meu pai
com um amor sem noção.
e eles sabem disso.
hoje sendo dia dos pais:
feliz sempre pai!!!
pedro

sábado, 12 de agosto de 2006

às vezes eu provoco um diálogo
falho
um diálogo (espanto) atalho.
um diálogo.
um apenas um, apenas.
apenas dois, depois...
tento-me crer em lapsos.
e em lapiseiras 0.5
em teclas de o graham bell
, ou de pc, ou de telephone móvel.
a voz que me cala. demorou
para abastecer meu ouvir
de sussurros
calmos barra serenos barra leves barra tranqüilos barra sincopados.
sim com os pássaros ouvindo
nossa trilha.
trilha nossa os ouvidos
já nem prestenção vou começar ao dia
logo o sol se nasce em o horizonte e você
em um interior & eu em outro interior.
deixa. deixa. eu datilographarei suas
lástimas...

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

e não arredo umas memórias
de o lugar.
faço uma leitura
de as fumaças em teus lábios
vaporosos.
eu animo teus lábios de abelha
rainha (minha?).


, outras amoras

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

estertor, um poema (de soslaio)
não está sendo nada
fácil
rejuntar cacos de textos
para montar um po
um poema de esguelha
então assim finco umas
palavras em o meio de a tarde.
em o finalizar de a tarde.
ponho.
ponho pontos em o poema.
poema se põe sem rebrilhar.

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

{ inda lembro

inda lembro como nos lambuzamos de amoras. nossas bocas, nossos lábios. nossa gratidão. nossa gratificação. por amoras em todo o tempo juntos-separados-juntos e agora, parece outra história.
lembro com muito sabor. sabor bom que fica em os lábios. sabor de saber.
qual era então a data? nem eu, nem ela sabíamos qual data iniciou e qual houve a separação. dor, não. falta, sim. de toques pele. de pele toques.
nos doávamos em amoras. amoras sinceras. amoras plenas amoras.
zigue zagueávamos por a noite, ébrios ambos. a beijos de chuvisco, a flores de hibisco, a lua que nascia de madrugada. & o sol que chegava pela passarada.
passa boi. passa noitada.. cuidávamos de felinos órfãos e jogamos pedrinhas & lacres de cerveja em a fonte. nem preocupávamos se éramos ou não românticos, aos olhos de eles.
nossos olhares azeviche, nem davam ligas p'ra eles. tem despedidas que corroem o agora.
Pedro Pan
mostrei lua que 
nascia (tarde se ia).
pedi que brincasse
os olhos coa lua ali.


, outras amoras
, o photographo amante

domingo, 6 de agosto de 2006

bolero de o amor passou
recordar...recortar...
de o tempo o último arfar
de amor passado
e reescrever em papel
timbrado
de lágrimas
(tolas)


outras amoras
o photographo amante

sábado, 5 de agosto de 2006

poema itinerário
num sei se ando a esmo
ou ao léu. a derradeira
vivalma que encontrei em meia
poeira, confidenciou-me que aqui
é um esmo, num é mesmo?
um esmo, um léu, um fogaréu.
se foi-se com foice badobraço
e segui oiando ermidade de
o lugarejo.
qualquer vez mando lembrança da boa
se Deus quizé. amém.


poema itinerário
nem guentava mais de tanta buniteza
e belezura que minhas vistas avistavam.
o sol queimava a água do corguinho
onde descalcei meus pés
nágua. o corguinho é pertin. se bobiá
alcanço a estrada inda e chego lá
depois de o anoitecido.
hoje andei muito divagano. parecia que
pisava em ovos, inté contei os passos.
só quando passei perto duma capilinha
aresolvi de entrá. rezei pros meus dias,
minhas noites, inda rezei um terço.
depois de a jenuflexão e sinal da cruz
senti uma brisa de corgo.
ou riberão. ou açude. ajuntei minha
matula, minha capanga, meu imbornale...
nem creditava.
aguá branquinha, quinem cachaça. passei
um tempão ali
e as piabinhas correndo sem parar.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

ela havia de voz sincopada
, de dizer
pe-dro
me alegrava o sorrir ao ditar
algumas palavras, mesmo que desconexas
em o fim de o anoitecer.
assim. simples e bela em a minha
noite mal trapilha.


a corte de o bobo
photographia com ph

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

que posso 
eu
fazer? se
poema
não desentorta
,nem a poder
de reza braba...


bobo de a corte

terça-feira, 1 de agosto de 2006

eu capítulo energia.
não seria melhor:
eucalipto energia?
sinceramente? nem sei


bobo de a corte