sexta-feira, 30 de junho de 2006

prestenção em o ruído.
poema de o hoje dança
desengonçado.
& capenga para quem
o quer.



abobrinhações

quinta-feira, 29 de junho de 2006

até ir 
rimar eu fui.
voltei com uma mão
em a frente e a outra
atrás.

quarta-feira, 28 de junho de 2006

 não me escombro em 
o poema
, eu mer
gulho
em o poema.




tem dia que é bom mudar os móveis de lugar.
& verde tão bem sai de férias...

domingo, 25 de junho de 2006

resquícios de março ou
livres, soltos...
definiremos
como simples sinais
por estas nossas mãos
acariciam
certos resquícios ao léu
esquecidos emprestados
um dia
algum quem sabe os recolherá
resquícios...
o espelho expulsa-me
(pusilânime) de suas molduras
invento-me em nome próprio
e nas suturas do acme,
banalizo meu infinito negativo.
buracos de fogo decoram minha página
e nessa missão precipitada em cena
de céu em chamas
me projeto, invisível, em letras
neste lento suicídio, recosto-me branco
em papel branco
pelo espelho sangram sílabas palpáveis
e resta sobre sua superfície
minha face obsoleta
vagamente estou arremessado ao solo
e em estas minhas insignificâncias
careço de depoimentos atemporais
creio permanecer semimorto
me protejo de lágrimas cinzentas
que em espasmos se põe
contra minhas máscaras
Eu também sonho meus labirintos:
pesadelos
em que minto
meus próprios monstros sobre meu ventre
Não há lupas, nem frestas!
Se vejo minhas verdades,
são máscaras em armaduras medievais
São meus espelhos espalhados
em vitrais obscuros
Sou meu próprio labirinto:
delírio convertido em imagens.
Quando me sinto,
escondo-me na vertigem (ou miragem)
já eu, escondo-me em escombros
de minhas próprias imagens
cato-me ao chão em que me piscam os cílios
conto-me histórias em quadrinhos pra
sonolento acordar a tardinha
provoco os ares com canções
para ninar,
creio em apostas de meus fantasmas
tento me crer em folhas amarrotadas
no fim da escada
eu escrevi algo que lágrimas derramaram
então, sou eu que padeço na fúria?
minha febre agora é o meu segredo em
porta-retratos espalhados aos cacos
No anoitecer, na lareira escura
de chama rara
no sopro-tormento
os anagramas do ser.
Cato retratos-cacos da tardinha
pois anoiteceu.
Anoiteceu no crisol do poema
à milésima noite
soma-se a primeira
e recompõe o homem
-caco a caco-
a letra funde
o fundo que falta
na fala do mundo.
eis que em reflexo de letras foscas
aguçam frases
e denuncia: bailam palavras
quantos martírios desfolhados estiveram
e toquem dores que feridas colhem...
a noite está relicário
labirintos que permitam
enquanto cacos fragmentos se recomponham
então poema descortine
será livre para tantos ares
eu forço o poema
corto as palavras ao meio
(violentamente)
e as espalhos incompletas
no meu corpo escritura
não posso mais lê-las!
não sou mais eu, são elas
perpendiculares ou
paralelas
que se (com)fundem
em imagens tantálicas
alheio a minha verdade,
o poema escorre-me
trágico

em gozo final.

por Raquel & Pedro
ou Sophia & Plínio
ou raquetel e pedro pong

, poema escrito a quatro mãos, alguns emails, outros telefonemas
& muitos sorrisos... hoje já sorrimos seu nascimento
por celular. [ela vem me visitar...]
queria fazer uma homenagem a esta amiga maravilhosa
de sempre e infinito. & resolvi postar este poema nosso.
, um dos maiores posts de pedro pan. mas mínimo
perto de o carinho que temos um pelo outro.
raquel viveu, morou, poetou, embriagou em a divinéia.
nos conhecemos através de a matemática & a amizade
não errou em as contas...hoje vive em patos de minas
e em o meu coração. sem dúvidas. hoje ela me diz que vem a divinéia.

, a partir de o meu "estilhaços de março"
raquel escreveu "à pedro" e resolvemos continuar o diálogo
que deu em "resquicios de março ou"...

, feliz aniversário raquel!!!

sábado, 24 de junho de 2006

uma árvore choveu em mim
mas é lógico que um regislógio atrapalha sozinho.
mas em a noite sexta para sábado, este ilustre
senhor de tic - tac, que afirma sem parar,
que não faz mais tique - taques, soa apenas
reticências... tudo bem não vamos contrariá-lo.
ser de imagens, sons e palavras soltas como
bolhas de balão ou balões coloridos.
como eu ia dizendo, em a madrugada
que jazz cheirava sábado, eis que sr regislógio
pega dragonflex, a câmera & começa a photographar
a lua.
(todo mundo sabe que um regislógio photographando
a lua não dá coisa boa.).[...]
fragmento de [o desdobre de o sr regislógio]


para meu amigo de infâncias perdidas. felicidades sempre!
feliz desaniversário!

quinta-feira, 22 de junho de 2006

agorinha mesmo,
quando inda entardecia
, minhas'as roeram.
ousei vôos
, despenquei.
alcei vôos
, despenquei.
minhas palavras não ficaram
brisas. em os meus olhares?
lástimas.
quando cansei, avoei.
& poesia não descora
co'as lágrimas.
& tem hoje que poema tem
gosto de ficar em a margem.
ai entendi porque o avoar não
'tava briseado.

( enquanto isso em 6 + eu )

terça-feira, 20 de junho de 2006

alguém rogou-me umas palavras.
& quase me atingiu.
se acaso a mira fosse pior
,quem sábado...
& estas palavras rogadas
,voaram tolas pro be-le-léu.
quero aprender a ter sublime.
& profetizar co'as palavras áridas.
o que me apetece eu transtorno em cantiga.
não provoco ser inatingível.
porque sei
não consisto. nem sôo.
tenho medos-falhas
, quero aprender a delirar.
isso sinto.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

existem folhas resguardadas
como se relíquias.
&
o ventar não
te lambe em as páginas.
tu
dançarina distraída sob o
ventar de as folhagens
aceita mais café?

sábado, 17 de junho de 2006

{ em um átimo

richard avendon

















em um átimo todos, todos pararam para vê-la passar[passarinhar].
& caminhava majestosamente por a metrópole, em dia útil para aqueles
olhares emocionantes que acompanhavam cada passo seu.
alguns emocionados sussurravam sem prever, umas ou outras palavras...
" ela é tão fada que em seus cabelos as borboletas até adormecem... "
" de que eras é? ", " ah! eu acho que ela tem romance com o vento! "
" hum...tem aroma de flores amanhecidas " ...
entre tantas frases & olhares ela continuou seu trajeto...
& eles passaram o dia inteirinho com os olhares perplexos...
Pedro Pan

naomi campbell por richard avendon em calendário pirelli
não tenho mais gostos
de palavras pesadas.
bom mesmo são as leves.
comum brisear que
nos carregue.
sempre em as asas

sexta-feira, 16 de junho de 2006

  
encanto a aura reluz


rápida foi a tua passagem
,por esta vida minha.
abandonou-me em um rio
, sem barco.
sem barroco. sem nada a fazer.
passou & deixou-me
saudoso de as nossas
madrugadas-
dias-
tardes-
noites.
você entendia fundo.sempre.
há quanto tanto tempo não
sei de você.
você nem sabe ontem vôo.
por ontem andas?
ontem estás?
deixou, aura nostalgia.
hoje saudade ousa roer
um tanto a mais.
& esta saudade hoje me traga.
"quero acender um free para nós".
ah! se não fosse pedir tanto...
queria vê-la.
(só para ela que se foi,
de a vida minha sem dizer adeus,
como surgiu desapareceu)
poema empoeirado...
procurando um outro texto, encontrei este.
após retirar um pouco de o mofo e movimentar
umas palavras, aqui está!
palavras movimentadas,
mas o sentir é, e continua sendo o mesmo...
texto de 2001, primeiro semestre.
até a próxima parada de o trem,
pedro paulo pan

quinta-feira, 15 de junho de 2006

sinto 
calado
(talvez alado, não sei)
: o ventar
(de)bater
em minhas f(r)ases
corar.
(coragem)
o vôo
é ver
de.

6 + eu de quinta

quarta-feira, 14 de junho de 2006

umas palavras caem por a tardinha.
roem roem rangem
se ao menos dessem algumas
piruetas
em o ar
,eu
séries d'um passarin
ar.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

vaga lume faz assim.
& pisca-pisca.
antúrios & adálias
decoram o jardinar
,folhagens experimentam
tantos olhares...
esqueci de cantar
choveu flamboyant's
em a beira de tarde[ser]

domingo, 11 de junho de 2006

existem restos
de ontem em meus olhos,

sábado, 10 de junho de 2006

com algumas palavras roídas
tentei a feitura
de um poema.
só me deu dor de cabeça.

{ assim que o relogio...

imagens humor de vintageslovelies.com


























assim que o relógio fez o sinal que sol amarelecia janela
ao longe. o senhor de barbas grisalhas, amanheceu.
abrindo os olhares & erguendo-se para a lida quotidiana...
foi dizendo ao seu fiel companheiro, o coração:
ufa! o derradeiro sonho foi um desastre!!!

Pedro Pan

imagens humor e sátira, de vintageslovelies.com

quinta-feira, 8 de junho de 2006

eu não crio poemas
em gaiolas.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

[não canso de contar nuvens
em tua ausência]
um ventar acalenta,
não sei de ontem vem
creio que vem de
verde.
hoje quero
amarelecer
comum violetas
__________
modo de usar:
3 partes distintas.
não aconselhamos o misturar
caso ocorra, procure um médium.
assinado
o antagonista

outras quimeras

segunda-feira, 5 de junho de 2006

de aqui a pouco
a solarização pinga em
meia a cortina

domingo, 4 de junho de 2006

não [des]esperar
,vôo - ser me ler.
me ter em olhos
de lástimas.
até assim
,gripho algumas
palavras em o acimentar
em o acinzentar.
até vôo - ser me ver
precaver
haver
há o ver
par'algo ler,

sexta-feira, 2 de junho de 2006

enquanto meus olhares
neblinaram
, eu não sabia comum agir
faltou-me chão
faltou-me ar
, asas.
eu gritava, eu gritei
chorar? choraminguei
, pedi meus olhares desanuviassem
que o pensar voltasse
voasse
sei lá
& uma brisa alumiou meus olhares.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

{ tenho querencia de prosa


tenho querência de prosa: de prosear. embora não sei se consigo,
se consisto, se consinto em prosar.
devo eu dizer: prosar ou prosear?
me socorram, embora pense-creia que estou mais para proseador que
prosador. [a dor, a dor]
eu vôo provocar frases feitas, frases desfeitas.
e os feitios & efeitos de as frases que por aventura me socorrem...

"meus lábios tem afeições com
teus dentes
eles mordem-me demais."

Pedro Pan
ela havia asas
teimosas & alaranjadas
,que farfalhavam em o ar
pouco acima.
e a cada pássaro que
su'asas davam
era como se
questionasse:
você não sabe de ontem
vento...