segunda-feira, 9 de julho de 2007

"Quando a gente dorme, vira de tudo: vira pedras, vira flor. "
Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas


visitinha ou põe minhas minas.
para Diovvani Mendonça.
um aperto de mão, o abraço.
há que se tirar
leite de os ninhos.
nim de passarim?
num sei responder.
um verso, quié frase.
e margarigas se ruralizam.
há que se tirar
versos por a janela.
janela de joão.
o chão está escrevido.
amizade é algo que vive, sem
vagar.
um abraço, o aperto de mão.
Pedro Pan, 2007

12 comentários:

Saramar disse...

Amizade é assim, fazer o mais lindo poema para o mais poeta dos amigos.

Lindo, lindo!

beijos

Anônimo disse...

que bonitinho!!

Bjoks

Ariane disse...

linda homenagem...como parecem lindas as almas do homenageado e do homenageador :o)

beijos meus

Melissa disse...

Pedro, um abraço, um aperto de mão!
:) Beijo

Darlan disse...

Gostei por demais donovo layout e desse poema! Tenha um bom dia!

Anônimo disse...

Que belo poema, meu caro Pan!
Que belo hino à amizade!
Forte abraço, companheiro!

Anônimo disse...

Já disse que adoro teus textos? Não!?!?!

Pois! agora já sabe!

beijinhossss

Anônimo disse...

visitinha de amigo é coisa boa de ter e poesia de amigo é melhor ainda de ler...
carinho meu procê,
beijos

Lidiane disse...

Vou contrariar, pra você: um beijo.

clarice ge disse...

um abraço, um aperto de mão, um beijo no coração de meus Poetas Pan e Dio.

diovvani mendonça disse...

Pedro, aquele abraço que lhe dei no estacionamento do Carrefour, foi porque já me sentia seu amigo bem antes de vê-lo ao vivo. É meu jeito... mania de abraçar as pessoas. Mas com você, foi também uma forma de agradecê-lo, porque antes d´eu lhe abraçar, talvez você não tenha consciência disso, mas foi você, quem abraçou primeiro não a mim, mas as minhas idéias. Foi com você, que partilhei primeiro o projeto da árvore virar blog, o da "Margarida, Poesia em movimento!" Portanto meu caro, antes de lhe abraçar, você tb me abraçou e vamos em frente, temos muito "trabalho" para realizar. Deixo abaixo umas palavras do Vinícius - o "poetinha" ...
Ah, Lembre-se de enviar-me esse seu poema - quero fazer dele, um fruto-poema lá na árvore do Ninho.

"A gente não faz amigos, reconhece-os".

Abraço n´alma, do seu amigo Diovvani.

...

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto oamor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, quetivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressemtodos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meuequilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que aroda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saberque são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

octavio roggiero neto disse...

não sei se tenho mais inveja do Diovvani ou de você!
bela maneira de celebrar a amizade, Pedrô: uma visitinha, ou melhor, duas...
té mais, meu irmão!