
Tenho que parar de observar pessoas. E mais. Parar de observar meus amigos e amigas.
Em estas observações, cheguei a conclusão que algumas pessoas dividem as amizades, em rótulos. Eu vi que estou com um rótulo na testa: O Bobo da corte.
De várias cortes, diga-se de passagem.
Eu não me irrito em ser bobo da corte, até me comprazo de a idéia de ser um, te fazerem de bobo isso sim machuca...
Em esta observação onde notei, que eu era/sou o bobo, é mais ou menos assim, há uma quantidade de amigos, os quais me procuram só e unicamente quando precisam de minha ajuda.
Explico. Se precisam de desabafar, desabafo é com o bobo da corte. Se precisam de conselho, conselheiro é o bobo da corte, se precisam de um texto que discorra sobre um texto deles, quem faz isso é bobo da corte. Se está triste, o bobo da corte te alegra.
Não fico irritado em ajudar, ajudo o quanto eu puder, mas o fato de só nos momentos de precisão te procurar, isso sim, é te fazer de bobo da corte.
Ajudarei, porque se paga o mal é com o bem. Se eles não podem me oferecer nada, graças a Deus, alguma coisa eu posso...
Pedro Paulo Pan
imagem Sad Joker de Pietro Visinelli