quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

às vezes noite
, gosto de deliciar
melancia em janela.
virado pra lua.
a rua? nenhuma vivalma.
e eu, de observâncias.
meu olhar a pé se encontra.
por vezes madrugada
, durmo mais que a cama.
que des -
de miúdo adormece
mais que'u. adormeceu.
às vezes insônia, amanheço.
inda alembro
, era festa e minhamiga
despediu aquela noite
, dizendo : "vô mimbora espancar
minha cama.
"
por vezes ontem.
ontem mesmo,
quando noite espreguiçava.
adormecemos ouvindo telha chovida.
Pedro Pan, 2006

12 comentários:

mg6es disse...

'durmo mais que a cama', isso é bem Pedro, e as Minas de noite viram bons versos de espantar bocejos ao norte.

[]´s

Luzzsh disse...

Oiê Pedro,

Lindo poema, lindo novo layout.
(Muito provavelmente reflexo da pessoa que és.)

Beijos...

Saramar disse...

Delícia, como sempre. Melhor que dormir é ler seus poemas e me deleitar com essas nada sonolentas criações de gênio.

beijos
P.S. Ontem falei de insônias, mas sem nenhum brilho. Muito menos semelhante ao seu.

Mago disse...

Insonias só por pensamentos que não são infames. De resto observar o movimento é bom na maioria das vezes. Um grande abraço e gostei de ver assim melhor as coiasa o lay e as definições.

Anônimo disse...

Ah, eu gosto de deliciar a noite na janela também... Só nas observâncias... :)


Lindo demais...

Eu sou tua fã! Quase uma groupie! ;p~

Beijos!

Alexandre Lucio Fernandes disse...

Noites belas... cheias de misterio.
Lindo meu amigo, lindo.

ei tem outra festa viu hehe.
Vai lá no blog

abraços
;)

octavio roggiero neto disse...

Que que é isso, meu Pedro, que poema maravilhoso! Aposto que o criador de perus aplaudiria em pé sua perspicácia, suas imagens e versos admiráveis, mais que isso, encantadores: "e eu, de observâncias." e "adormecemos ouvindo telha chovida" são de um lirismo inconfundivelmente seu, incrivelmente seu.
Que orgulho e satisfação que dá saber que há marcas indeléveis suas em minhas primícias poéticas!
Talvez eu vá na formatura de um amigo meu em Minas, não lembro direito o nome da cidade, aí se der quero dar uma passada por Divinópolis só pra te dar uma abraço! Tenho ainda que ver se são próximas as cidades. Será lá pra meados de Janeiro do ano que vem.
Será que terei esta sorte e alegria inenarráveis?
Um abração, meu companheiro de sonhos!

Cristiano Contreiras disse...

e o mundo só faz sentido na noite...

Anônimo disse...

Caro Poeta Pan - Ando aqui pelo seu falavreado e fico lesmando pelas ruelas dessa paisagem. Sou a lesma lenta que passeia e lê, em "observância" aos camundongos catando sementes de melancia embaixo da sua janela. Há muito filmemúsica aqui. Riodaqui aí, sempre - Paulo Vigu

Anônimo disse...

Simples e maravilhoso...

Edilson Pantoja disse...

Telha chovida é super maravilhoso! Abraço, profeta!

Anônimo disse...

telha chovida com gostinho de melancia fresca, certeza de noite boa...
beijosssssssss