quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

palavrear antes de o meio de a noite até.
inda entardecia e cogitei um poema.
embora agora, não armei teus nuances.
amanhã, quando madrugar tentarei.
tenho preferências de o avistar
sublime.
há umas palavras espalhadas
vou ajustá-las ao poema que tagarela.
o tema, o tema de agora veraneia
em calendários e horários
e horários - calendários - honorários.
o dia nem estava árido.
esteve cedo, desde quando úmido.
uma pessoa, negou uma
bagatela de sorriso.
sorrindo assim, sem porque
é uma de as melhores delícias.
discorda de mim?
(tenho a esperança que não)
um sorriso assim, sem porque
alumia qualquer ser.
humano que seja.
e dá-lhe
um feliz fim de semana.
procurei fazer poema de modinha,
não consegui. sou muito
démodé pra tal cargo.
hoje acordei retardatário.
o dia aconteceu nubloso
em nossas janelas.
eu, outrora já vivi um palíndromo.
Pedro Pan, 2006

11 comentários:

Anônimo disse...

e eu sorrisos leio teu poema, espreguiço o dia feliz de te ler.
beijo Pan

Luzzsh disse...

Uau!!!.....lindo....

De démodé pra démodé,

Um beijo.

mg6es disse...

Pedro dorme e acorda poesia, assim como o Sol...

[]´s

Unknown disse...

"inda entardecia e cogitei um poema"

belo!

e, ao final, quando 'retornou' palíndromo, deu-me uma enorme curiosidade em pesquisar por palíndromos... cheguei a tentar ler seus versos ao avesso mas não obtive sucesso. Então deixo este para vc:

"O teu drama é amar dueto"
RÔMULO TEIXEIRA MARINHO

Poeta[ ]s

Clauky

Mago disse...

Eu é que não nego uma bagatela de sorriso, não discordo, antes complemento, o sorrio alumia o mundo, alumia tudo, alumia o fundo da alma, tanto de quem sorri, cmo de quem o recebe! Um ótimo fim de semana!

octavio roggiero neto disse...

sim sim claro, como iria discordar? sorrisos são presente melhor, e são um nadinha pra que doa, né não?
braços de elástico pra te abraçar, profeta da Pólis Divina!

Anônimo disse...

Cogitar poemas e ter que armar nuances. Pedro faz poema tagarela. São os falavreados do poeta e feito um guindaste vai içando sensações diárias. Vejam isso: "Uma pessoa negou uma bagatela de sorriso". A sensibilidade aqui é imensa. Grato poeta. Riodaqui.aí.sempre/PauloVigu

Cicília Moreira disse...

seu texto me lembrou um pouco uma palavra pouca/talvez muita vivida: nostalgia..saudade de coisas vividas e não esquecidas, saudades de palavras escritas e não publicadas...
enquanto ao sorriso, breve são os sorrisos que nos acalentam os dias de hoje.

Anônimo disse...

Pepê,
esse é dos mais lindos que você já escreveu... De uma suavidade encantadora... Saudade de passear meuslhos por aqui...

Um beijo enorme, de fã-que-sou!
:)

Mago disse...

Bom domingo!

Anônimo disse...

Pedro Pan, é bom de ler-sentir. Pedro Pan, aguça, curiosidade. Você viveu um palíndromo? Dê licença, humildemente, vou ali no dicionário, acordar essa criatura; para alumiar, meu retardatário entendimento. Assim, melhor entenderei, suas palavras, Poeta. Abraço.