quinta-feira, 16 de novembro de 2006

noite segue trilhos.
como que de o trem
qual observamos inda
a tardinha, a tardiquinha.
encanto entardecia
tarde se ia.
chuva tratou de molhar
nossos telhados, nossas telhas
e só escutamos a canção
de:
      plique.
      plique.
      plique.
chuva deslumbrava
aluarada
caindo
  indo ca
         ir...
preenchendo itapecerica
nossos dias, nossa vida.
e traz frio bom
estes diariamentes chuvosos.
a noite previa
em a manhã, amanhã.
a chuva que escorregava basculantes
aluava                      
         nosso sentir.                 
Pedro Pan, 11/06

15 comentários:

Anônimo disse...

"Caindo indo ca ir" a sua palavra aqui nessa poesia chuva. O quadro poético todo {vemdachuva} e faz sentir. A onomatopéia vem da chuva plique plique plique "caindo indo ca ir" - Bravo, Pan! Riodaqui /[ ]´s / Paulo Vigu

Bruna Rasmussen disse...

a chuva me dissolve, ajuda-me a ficar em mim mesma. reflexão e pensamento. egoísta? não pra tanto. bendita chuva! :)

beijos

Anônimo disse...

A chuva desce a serra pra refrescar sentimento e alagar coração...
noite feliz querido
beijossssssssss

octavio roggiero neto disse...

noite trilha crepúsculo. chuva trilha sonora. a manhã é o amanhã quando se rompe o vocábulo e se realiza a renovação com os primeiros raios de sol do dia. mas até lá observemos a chuva escorrendo pelo luar...

Anônimo disse...

Que barulhinho bom! ;p~

Beijos!

Anônimo disse...

Pedro Pan,no retorno da lida vejo a chuva que escorregava basculantes - e lembrei-me da infância, quando ficava vendo os caminhões basculantes descarregando coisas nas construções. Riodaqui/ []´s /paulo vigu

Anônimo disse...

"Merece de gente aproveitar, o que vem e que se pode, o bom da vida é só de chuvisco [...] A gente lucra logo. Viver é viajável... " Guimarães Rosa

abraço meu

Anônimo disse...

também aqui, muitas fagulhas... espocando lembranças dos trens de minas. Abraço.

Navegando com o Álvaro Míchkim disse...

PPP, mto boa essa sua identificação com a natureza, que vai de encontro à essência da vida.
Chove a chuva e corre a enxurrada pela sarjeta da calçada; e se estou a toa, a ora e boa para soltar barquinhos de papel e pegar frieira no pé; quem passou pela experiência sabe bem o que é! Abraços. Obrigado. PS: é essencial amolecer, derreter, e escoar toda a dura frieza dos egos; é uma prática de andarilho que os exemplos clássicos (deixada pelos homens santos) comprova que funciona.

Unknown disse...

belas lembranças de Itapecerica, hein?

Anônimo disse...

É sempre prazeroso lê-lo.
Tava sentindo falta disso....

mg6es disse...

eis que qd chove, pinga poesia do teto.

[]´s

Juliana Pimentel Pestana disse...

eita que gostoso de ler...
chuva que chove fina, molha em ponta e não tardia sentimentos de alquimia.

bjos meus.

Anônimo disse...

Poxa além de poeta é fotágrafo...

Leandro Jardim disse...

O brilho desse poema chegou a ofuscar a me vista por uns instantes, mas logo vi: é belo assim mesmo... bem como as obras de menino peter!!!