segunda-feira, 28 de agosto de 2006

porque então calejar
palavras
que te escalam, escolhem?
frase nasce
aos traços em branco.
orações - fatos
e não saber chegar em o fim
de a linha
não forço poema
faço poema quando
ele quer, porque quer...
ser fóssil. ser feitura
de palavras rearranjadas
(estarei em esmero)
e corre espaço necessário ou
não.
tem horas que não
calo
coisa com coisa.
coisificando minha
fala.

17 comentários:

mg6es disse...

é quando cola calar, é quando o poema nasce, que o poeta fala mesmo sem querer.

B. Pedro, o primeiro.

[]´s

Rayanne disse...

Perfeito.
Porque há quando a palavra foge
Há quando o verso não cole
E poema algum decole.

Há então que aguardar
regorgeio lógico
De algum poema náufrago...

*estrelas*

Anônimo disse...

os riscos nesta sua lousa acende outros...

e.t.: a "viagem" é de apenas 30 minutos e a faço todos os dias. só que não tenho internet no ninho das pedras. moro lá.

Anônimo disse...

Escrever poemas assim, é um do divino.
Escrevi sobre a exposição ascension e acho há uma relação com este poema.
Se puder dê uma olhada.

Anônimo disse...

"Eu queria sempre a palavra no áspero dela"(MBarros)
beijo moço...beijo

Na Mira da Rima disse...

"não forço poema / faço poema..."

clap,clap,clap

nem a forceps...
quando um não quer
dois não rima ;)

adorei pan!

poetabraços de a

clauky

Claudio Eugenio Luz disse...

mesmo coisificando a essencia permanece, meu caro.

hábraços gerais

Leandro Jardim disse...

muito bom seu calar de coisa com coisa pra coisificar a fala!

pelo visto adoro falas coisificadas!

Anônimo disse...

PEDRO!!!! Não sei se vai se lembrar de mim... Mas não resisti ao reencontrá-lo... nossa... faz tanto tempo...Aconteceu tanta coisa... e seus poemas continuam encantando... Feliz por estar aqui!! SAUDADESSSSSSS!! meu beijo

Anônimo disse...

Cada vez melhor a palavra, o poema, o poeta Pan!

abraço meu.

Anônimo disse...

as coisas que se sentem
devem ser escolhidas
e apreciadas...

belo. :)

beijos.

Sara Graciano disse...

Gosto muuito do modo como escreves. Já disse isso antes, mas acho que nunca é demais reafirmar.
Bjs

Anônimo disse...

Oi Paulo, adorei seu elogio, sua visita, mas principalmente conhecer seu blog e seus escritos.
"tem horas que não calo coisa com coisa"... : bárbaro, me identifiquei.
bjos.

IdiossincrasiaS disse...

Um proeta
que feta
versos.

Alexandre Lucio Fernandes disse...

é quando escreves que notamos o imenso talento. Realmente tu nem força, apenas deixa fluir.

Ótimo.
Adorei.

;)

Anônimo disse...

Calar, colher e arranjar: ferramentas do músico, do poeta. Verbos prontos pra usar. Riodaqui daqui leva abraço - Paulo Vigu

octavio roggiero neto disse...

Este poema é especial e feito de sutilezas.
Concordo que não devemos "calejar palavras" (genial isto!), porque a Poesia é que escolhe o momento para florir. Mas é certo também que cabe a nós prepararmos o terreno. Estar sempre a postos, "em esmero", como você lindamente poetou também.
E o desfecho também é esclarecedor, porque o poeta que não tem a sensibilidade de saber quando escrever, que na verdade deveria ser quando tem algo a escrever, acaba por dizer cada vez menos quanto mais versos faz.
Segundo o psicólogo alemão Wertheimer, "muitos escritores seriam mais lidos se tivessem escrito menos". Aliás, o jornalista Roberto Fontes Gomes disse uma coisa importantíssima sobre este assunto: "Uns escrevem pouco e, no entanto, dizem muito nesse pouco que escrevem. Outros, ao contrário, escrevem muito, quando, na verdade, pouco tem para dizer".
É isso aí, meu caro, té mais ler!