assim levantou correndo, esfregando os olhares, abriu as janelas & viu a rua parada. calada. uma ou outra vivalma passeava por ali. carros vagarosos cortavam a rua. achou tudo muito sinistro. colocou uma xícara com água em o microondas & foi escovar os dentes, lavar face. então o microondas apitou, pegou a caneca com água fervendo, colocou um seu chazinho predileto. já em a varanda deu em sua cabeça de olhar o calendário que fixava com as anotações em a geladeira. olhava & não cria o que via. era domingo. & ela ria. pela confusão de sua cabeça. a semana tinha corrido tanto que ela até estava a imaginar que o domingo era um dia útil... sim pensou ela "útil para descansar". pegou um revista de cruzadinhas & adormeceu novamente, nem escreveu uma palavra se quer.
Pedro Pan
2 comentários:
Os homens estamos com o pensar condicionado ao trabalho ininterrupto, tanto que estranhamos quando nos deparamos com os domingos-metáfora. Talvez estamos deixando nos levar ao cúmulo de sentirmos remorso ao viver momentos que sejam bons pra nós e não só pros outros. Pros outros que nos querem sugar todas as forças e abafar a Poesia dos poetas. "nem escreveu uma palavra se quer" foi um brilhante desfecho! Aliás, hoje que estou avarento com meus elogios, posso afirmar que o texto todo está impecável.
Bons ventos me trouxeram...
Seu texto é leve. Gosto de sentir qdo a leitura desperta outros sentidos. A foto, o texto, foi como se a brisa beijasse o meu rosto...
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