quarta-feira, 7 de junho de 2006

[não canso de contar nuvens
em tua ausência]
um ventar acalenta,
não sei de ontem vem
creio que vem de
verde.
hoje quero
amarelecer
comum violetas
__________
modo de usar:
3 partes distintas.
não aconselhamos o misturar
caso ocorra, procure um médium.
assinado
o antagonista

outras quimeras

12 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Meu caro, uma receita que deveria ser repassada de boca em boca.

e, vamos que vamos!

hábraços

Anônimo disse...

bela receita esta, pedro. muito bom.

sds

octavio roggiero neto disse...

olhar sinestésico apurado o seu, Pan, percebendo as coisas em sintonia de sentidos e dando atenção minuciosa às palavras como se de cada uma, mesmo as mais empoeiradas, pudesse erguer a acepção de encanto.
"por quimeras que pareça" não é verde à toa não, pois guarda a esperança poética em cada contrução lírica.

Keila Sgobi de Barros disse...

Buáááááá

não entendi...

Keila Sgobi de Barros disse...

Será que é o sono?

Posso tentar???

Dói em mim...um gostosinho doer de não estar-com estando-com-o-mundo...

as nuvens passam e faço minha história...

Rayanne disse...

Do alto da tuas letras
poesia em construção
Rceitas viram borboletas
Que revoam se te abre a mão.
Estrelas.

Ivã Coelho disse...

Já eu queria voltar a ser verde e por lá permanecer.

Só uma outra necessidade: estar por entre seus escritos.

Abçs, amigo.

Anônimo disse...

"...um ventar acalenta,não sei de ontem vemcreio que vem de verde..."

Já diz meu amado poeta Manoel de Barros :
"O sentido normal das palavras não faz bem ao poema. Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.Talvez corrompê-los até a quimera."

Maravilha ne ?
Bom, eu acho,rs


Beijos em vc

Sara Graciano disse...

Um pouco de Quintana pra ti. Bjs!

"Ah, se houvesse uns passos, ainda que fossem solitários...
Se houvesse alguém andando sozinho... e bastava! São os passos
-São os passos que fazem os caminhos."

(Mário Quintana)

Anônimo disse...

modo de usar em punho eu li três poemas...embora ausência amareleça...mas talvez não quando contamos nuvens!
um beijo moço

Anônimo disse...

Eita que é poesia e sem receita!

Bjinho.

Ana Russi disse...

que bela intimidade com as letras.
AP