terça-feira, 6 de março de 2007

poema itinerário volume dois pontos
inda nem bati o ponto.
caminhada dura minha. vendo bois e compro ois
e inté mais ver.
carreguei em a capanga umas laranjinhas capetas
e uma casa de joão-de-barro desabitada.
andei caçando um poste dess de madeira.
que marimbondo fazia morada.
pedi pouso por ali. pernoitei sem pregar
os olhos.
cafezais & palavras que eu trazia em a'gibeira.
se tudo correr bem, manhã eu observo umas
galinhas d'angola e uns passaros-pretos.
gosto de falar passo-preto. aprendi sempre
dizer passo-preto.
mas não gosto de ver animal piado.
ouvi dizer que vivem praquelas
bandas.
em manhã que vinha doirada, eu segui
esta minha jornada.
só agora apiei p'ra escriturar o que presenciava.
de a próxima mantenho inconformados...
com muito gosto.
Pedro Pan

Um comentário:

Oswaldo disse...

curiosíssima escrituração sua, uma linguagem tanto quanto regional, provando que o importante é a comunicação e não a ortografia a sério.