quinta-feira, 28 de agosto de 2008

hoje de ontem esta noturnação
se entristeceu-me.
não sei o que - porque - ou -
quando - o que.
falo sozinho. e ouço
passarinhos.
(estou eu a tentar a
redigir a grafites)
inda atarefo-me eu
em com coisas banais
(peculiares)
como dispensar um tempo
a pensamentos à
vossa mercê.
Pedro Pan, 2008
hoje um pássaro
vôo-me'u quarto
deixando todo avoado.
Pedro Pan, 2008

domingo, 10 de agosto de 2008

para o vôo de um passarin desajeitoso
"O passarinho desapareceu de cantar..."
A menina de Lá, Guimarães Rosa
de aqui pro sábado
vei vindo, avoado voando
e pairou-se de por sobre
esta minha cabaça.
digo, pouco à cima.
um pardalzin pousou-se
sobre muro.
era tão feio que sua
feiúra já se
fizera buniteza
em meu olhar
em meus olhares
em mim olhado
despenado desajeitoso ressabiado
, descia amontoados
como se fosse
uma escalada.
após, passeiava-se...
ele por entre
jardinagens - terras -
ramagens - pedras - folhagens
bem-me-queres & pimentas que
amarelo eram.
1 vôo, 2 vôos.
e já se encontrava
em a bacia de cebolinhas
outro bater de suas asas
em o muro olhar
e foi simbora.
voltei meus olhares
pras palavras que
floriam meu olhar.
um pio!
e estava ali em muro
como se pio fosse prestenção! e,
revôo-se.
Pedro Pan, 2008

Feliz dia dos Pais para todos.
Estou também em a
árvore dos poemas
.