segunda-feira, 7 de maio de 2007

poema itinerário
andava de cá pra lá
um tantinho perdido.
uma família me deu pouso.
fez um banquete. e eu gardeci falano uns versinhos
num cumi de um prato. acharo que fiz disfeita dess'
mexpliquei que não gostava.
depois do malentendido, em a varandinha que avistava
a fazendo de seu vizinho lá de longe
da berada da cerca...
a filha dess cantou uma modinha
o senhor coa viola, sua senhora nas palmas(flor)
a servente dess lá bateno cuiê na caçarola e eu
acompanhamo no bate a mão e os pé no assoai.
a moça era prendada
que ela só. veio vino trazeno
goiabada puxenta pá cumê de cuié. aí
eu já inté era minino uai.
mesbaldei, quais mimpanzinei.
a moça prendada vai simbora pra capital,
lá pros belorzonti, istudá pra ser dotora.
do-to-ra. pió quieu num sei se dotora de lei,
ou dotora de hospital memo.
me deliciei naquess dia ali, naquela fazenda veia.
di noite ajudava apartá o gado.
di manhã? tomava leite na caneca na berinha
da janela da cuzinha.
dicia e ia apanhá os ovos que galinha
co-co-ri-ca-va...
deixeu segui meu caminho, a prosa é boa.
mais tem muito chão inda.
inté.

5 comentários:

octavio roggiero neto disse...

tô na dúvida viu, seo Pedro, se prefiro o itinerário ou as quimeras. na verdade são ambos desdobramentos desta tua alma simples e peregrina.
viajo nestes itinerários, em cada detalhe da linguagem, na história que nos remete a um sentimento bucólico, a uma amenidade em se viver.
paisagens inusitadas eu me encontro aqui!
então vamo, caminhante, vamo nessa que a strada é longa!

Erika disse...

nhammm.. fiquei babando na goiabada puxenta.

beijokas

alex pinheiro disse...

ow Pedru, vc naum sabe o qto apriciei ess brog aqui sô... dimais baum,,, i nem cunhecia!!! mto a vontade cá eu tô!!! Pra ti cunfessá uma coisa i só procê eu prifiri esse aqui,,, bem a minha cara!!! parabéns môço!!! isso aqui tah dimais di perfeitu!

Abraços e nostálgicas invenções!

diovvani mendonça disse...

Mimpazinanu cá, tb, de boas palavras. Abraço.

PIPOCA disse...

...Ai que saudade do triângulo mineiro da minha infancia...
Dos aromas e sabores que há muito não sinto mais...
Dos Montes Alegres, das Minas Gerais...